Na noite desta quinta-feira (1°), Brasil, Colômbia e México divulgaram nota conjunta sobre as eleições na Venezuela.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou remotamente com os presidentes Lopes Obrador, do México e Gustavo Petro, da Colômbia.
Desde o início da semana, Brasil, México e Colômbia, países influentes na região, adotaram uma postura cautelosa sobre a crise.
Os países pedem a divulgação de atas eleitorais na Venezuela e uma solução para a situação.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz a nota.
Além disso, a nota destaca a importância de resolver controvérsias eleitorais por meio das instituições oficiais.
Brasil, Colômbia e México ressaltaram que, para assegurar um processo eleitoral justo e transparente, é crucial verificar imparcialmente os resultados.
Além disso, segundo o texto, essa verificação exige uma análise objetiva e neutra dos votos e da conduta eleitoral para confirmar que os resultados são autênticos e refletem a verdadeira vontade do povo.
Confira nota conjunta na íntegra:
“Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.
Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.
As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.
Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.
Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.
Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano”.
Interlocução
Os países já haviam se manifestado individualmente pedindo transparência nos resultados. No entanto, um posicionamento conjunto dos governos de esquerda poderia aumentar a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.
Os presidentes Lula, Gustavo Petro da Colômbia e Andrés Manuel López Obrador do México ainda mantêm interlocução com o regime de Maduro.
Além disso, os três países acreditam que é importante manter a capacidade de diálogo com o governo Maduro e atuar na negociação para buscar a estabilização política do país.
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