O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Exército brasileiro esclareça os motivos de permitir que os presos do inquérito, que envolve um plano de golpe de Estado, recebam visitas sem autorização.
De acordo com informações da Agência Brasil, as visitas dos presos envolvem parentes e também advogados do general reserva Mario Fernandes e também dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima.
Na decisão de Moraes, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão enviar ao ministro explicações sobre as visitas dentro do prazo de 24 horas.
A determinação foi proferida na última terça-feira (24), contudo, foi divulgada hoje (26).
“Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias”, afirmou Moraes em sua decisão.
Inquérito do Golpe
Nesta quinta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão do general Mário Fernandes, que é investigado por fazer parte do plano de golpe elaborado após a decisão eleitoral de 2022.
Nas investigações realizadas, Mário Fernandes contou em um áudio enviado a Mario Cid que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para o plano golpista, que consistia no assassinato de Lula, seu vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
No entendimento do ministro, as circunstâncias que justificam a prisão de Fernandes continuam mantidas, pois a defesa não apresentou um “fato superveniente” para manutenção da custódia do general.