Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento significativo na demanda por procedimentos estéticos. No entanto, esse crescimento também trouxe um aumento nas complicações relacionadas a esses procedimentos, especialmente quando realizados por profissionais não qualificados.

Recentemente, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) emitiu um alerta sobre os riscos associados à realização de procedimentos estéticos por profissionais sem a devida qualificação.

O CBO destaca que esses procedimentos podem causar sérios problemas oculares, incluindo danos aos olhos e às pálpebras.

De acordo com o CBO, procedimentos como ultrassom microfocado, laser CO2, peeling com ácido tricloroacético (ATA) e peeling de fenol estão entre os mais comuns e podem resultar em queimaduras, afetando a córnea e a retina.

Esses procedimentos também podem aumentar o risco de desenvolvimento de catarata e glaucoma.

Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022 revelou que, das 10 categorias de serviços de saúde analisadas, a de estética e embelezamento correspondeu a 54,5% das queixas recebidas.

Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que, nos últimos 12 anos, cerca de dez mil boletins de ocorrência e processos judiciais foram registrados no Brasil relacionados ao exercício ilegal da profissão.

O CBO relatou casos específicos de aplicação incorreta de ultrassom microfocado, que resultaram em baixa visão, dor, sensibilidade à luz e aumento da pressão intraocular, levando a glaucoma secundário e, eventualmente, catarata.

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