Durante o programa semanal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desta terça-feira (24), Lula afirmou que deve continuar negociando para trazer a paz ao Oriente Médio.  

“Se você não falar em paz todo dia, as pessoas esquecem que é possível construir a paz. Eu vejo as autoridades falando em guerra, que fulano tem que matar sicrano, que tem que derrotar. Não é assim que a gente resolve o problema. Numa mesa de negociação não morre ninguém, custa mais barato e a gente pode encontrar a solução”, afirmou o presidente. “Esse é o meu papel: tentar criar condições para que a gente sente na mesa de negociação”, disse o presidente.  

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Lula criticou a reação de Israel após o ataque terrorista do grupo Hamas. “Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que esse país tem que matar milhões de inocentes”.  

Durante entrevista, Lula destacou que, mesmo se recuperando da cirurgia no quadril, conversou com vários líderes mundiais, incluindo Israel, Palestina, Irã, Egito, França e Rússia. 

“Eu estou falando com todo mundo para conseguir três coisas. Primeiro, garantir um corredor humanitário para que as pessoas possam receber água, comida e remédios. Garantir que não falte energia elétrica nos hospitais para que as pessoas possam ser tratadas e garantir que não se mate mais crianças”, destacou o presidente. 

ONU 

Segundo Lula, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem uma atuação limitada, além disso as falas de algumas autoridades têm inflamado a situação no Oriente Médio.  

“Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra, as pessoas querem incentivar o ódio, querem estimular o ódio. E eu não vejo assim. Podem me criticar o quanto quiserem. O Lula vai continuar falando em paz, em diálogo, o Lula vai continuar chorando pela morte das crianças do planeta Terra”, declarou. 

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