Equipes da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) conduzem os últimos testes de segurança nas urnas eletrônicas nesta quarta-feira (15). A iniciativa visa as eleições municipais deste ano, programadas para outubro.

Até a próxima sexta-feira (17), os testes seguem nas instalações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os profissionais conduzirão uma série de testes de confirmação para verificar a correção de falhas identificadas no ano anterior.

Teste público das urnas

O Teste Público de Segurança (TPS) é parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, um edital é aberto para permitir que interessados examinem os códigos-fonte. Eles são responsáveis por conduzir ataques para identificar vulnerabilidades no sistema de votação eletrônica.

Durante o ciclo eleitoral atual, o TPS ocorreu entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado. Ele contou com a participação de 33 investigadores, que realizaram 35 planos de ataques contra as urnas eletrônicas.

Naquela ocasião, uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistências identificadas que deveriam ser corrigidas pelo TSE e examinadas novamente no teste iniciado agora.

De acordo com o relatório do TPS, os ataques realizados no ano passado não comprometeram a integridade ou o sigilo do voto. No entanto, revelaram possíveis falhas, como uma mensagem de erro não prevista durante a inicialização da urna.

Evolução

Outra falha identificada pela PF durante o procedimento de carga da urna envolveu informações sobre candidatos e eleitores. Além disso, a equipe da UFMS encontrou duas falhas relacionadas ao controle e aos privilégios de acesso de aplicações executadas na urna.

“Nosso pessoal técnico revisou essas descobertas, melhorou esses aspectos e, aqui, neste teste de confirmação, apresentamos os dois conjuntos de códigos-fonte: o original e as melhorias implementadas”, explicou Julio Valente, secretário de Tecnologia da Informação do TSE.

Rogério Galloro, diretor-geral do TSE, destacou a importância do TPS para o sistema eleitoral, enfatizando que cada descoberta dos investigadores contribui para sua evolução.

Além das equipes da PF e da UFMS, sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) também estão participando dos testes de confirmação, oferecendo suporte aos investigadores durante a execução dos planos de reteste.

*Com informações da Agência Brasil