Marcelo Amil (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de Manaus, concedeu entrevista ao Portal Norte nesta sexta-feira (19). Na declaração, ele revela as motivações ao anunciar sua pré-candidatura e também avalia a capital amazonense.

“Me doeu muito quando eu olhei para as opções de pré-candidatos postos e eu via o bolsonarista A, o bolsonarista dissimulado B […] e eu não vi uma alternativa realmente progressista e preocupada com causas populares em Manaus. Então, Manaus precisava de uma alternativa para combater o bolsonarismo, para mostrar que o bolsonarismo foi extremamente nocivo com a nossa cidade. A crise do oxigênio, que a gente viveu, que foi algo gravíssimo, teve influência direta do bolsonarismo e isso precisa ser denunciado”, declara.

O pré-candidato afirma que Manaus ainda discute “os mesmos problemas que discutia há vinte, há trinta, há quarenta anos”. Segundo Marcelo Amil, a cidade precisa de uma “mudança de paradigmas” e, depois disso, cita movimentações eleitorais.

“O enfrentamento desses problemas só vai acontecer, efetivamente, quando a gente tiver uma gestão que se comprometa em olhar para as causas populares, em olhar para quem, historicamente, só é lembrado em ano de eleição. Para quem parece que só tem algum peso, só tem algum valor, quando alguém está precisando ir lá pedir o voto dele. Isso não é uma peculiaridade dos últimos quatro anos, isso é uma peculiaridade histórica de Manaus”, afirma.

Marcelo Amil analisou aspectos como educação, saúde e mobilidade urbana. Tal entrevista compõe a cobertura do Norte Eleições 2024.

Educação em Manaus

“Tem muito a melhorar ainda, a gente precisa de uma valorização efetiva dos professores. Dar R$ 30 de aumento para professor da rede pública de ensino é mostrar que não tem qualquer compromisso efetivo com o futuro da nossa cidade. Os futuros gestores de Manaus, daqui trinta ou quarenta anos, hoje estão no ensino fundamental. Então o pessoal não admite que a perspectiva de exercício de boas funções na sociedade, de boas gestões na sociedade, estejam restritas aos ambientes privados. A criança tem que ter qualidade de vida, tem que ter qualidade de ensino, e essa qualidade de ensino o primeiro tijolinho desse muro é a valorização do professor, aponta.

Saúde

“A gente tem uma cidade que está voltada para um lado e ignorando o outro. Nós temos, por exemplo, na região da Ponta Negra, uma área, onde moram seis mil pessoas, sendo atendida por duas UBSs, e a gente tem [outra área], na Zona Leste, no Jorge Teixeira, com cerca de 500 mil pessoas, que tem uma unidade de saúde. Isso precisa ser revisto. Então não, a gente não teve sucessivos avanços”, avalia.

Mobilidade urbana

“A gente precisa rever as nossas prioridades. Bogotá é um exemplo excelente. Bogotá também é uma cidade com porte mais ou menos semelhante ao de Manaus, mas que nos anos 90 fez a opção pelo transporte público. (…) Em Manaus, você tem congestionamento às duas da tarde, você tem congestionamento às dez da manhã (…) Então a gente precisa investir efetivamente em transporte público”, argumenta.

Preferências

Ainda na entrevista, o Portal Norte aproveitou o espaço para descobrir gostos pessoais do pré-candidato relacionados à cidade de Manaus. Em nove questionamentos, com duas alternativas cada, Marcelo Amil revelou as preferências regionais, que envolvem aspectos culinários, de entretenimento e de cultura. Veja as respostas:

  • Pirarucu ou Sardinha? “Sardinha”
  • X-caboquinho ou Tapioca? “Tapioca”
  • Tacacá ou Açaí? “Tacacá”
  • Suco de cupuaçu ou guaraná? “Suco de cupuaçu”
  • Macaxeira cozida ou Pé de moleque? “Macaxeira”
  • Picolé de Buriti ou sorvete de Tapioca? “Sorvete de tapioca”
  • Carnaval ou Festa Junina em Manaus? “Festa junina”
  • Boi Bumbá ou Forró? “Boi Bumbá”
  • Nadar no Rio Negro ou pedalar em Manaus? “Nadar no Rio Negro”