Após sobrevoar as áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso uma “combinação perfeita” entre Governo Federal, Legislativo, Tribunal de Contas, Ministério Público para ajudar ao Estado.

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Lula desembarcou na região metropolitana de Porto Alegre, por volta das 10h30, acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Em Porto Alegre, o presidente Lula disse que “não haverá impedimento de burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse Estado”.

Lula, o governador Eduardo Leite, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outras autoridades se reuniram após sobrevoarem as áreas afetadas.

Ao governador do RS, o presidente afirmou que irá desempenhar forças do governo federal para ajudar ao Estado.

“Eu sei que tem muitas estradas estaduais que estão com problema. Eu quero te dizer que não fique preocupado, porque o Governo Federal, por meio do Ministério do Transporte, vai ajudar você a recuperar também as estradas estaduais”, assegurou Lula.

Lula disse ainda que vai pedir para a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) “um plano de prevenção”. “É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência”, disse.

Cenário de Guerra

O governador Eduardo Leite afirmou que os danos causados deixaram a cidade com cenário de guerra. “É muito importante que todos saiam daqui alinhados com essa compreensão (da amplitude da tragédia), porque é cenário de guerra e vai exigir medidas de pós-guerra”.

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada já afetaram mais de 780,7 mil pessoas. Até o momento, 75 pessoas morreram foram confirmadas. Outros seis óbitos ainda estão em investigação e 155 pessoas ficaram feridas. Há ainda 103 pessoas desaparecidas.

Estima-se que 95,7 mil abandonaram suas casas. Aproximadamente 104,6 mil pessoas estão desalojadas e 16,6 mil desabrigadas. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas fortes chuvas, o que representa 67,2% das cidades do estado.

Câmara e Senado

Em reunião, o presidente da Câmara, Arthur Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defenderam medidas para flexibilizar as regras fiscais e facilitar o socorro financeiro ao Rio Grande do Sul.

“Eu penso, presidente Pacheco, que a nossa responsabilidade essa semana será de perseverança, de discussão e de rumo para que a gente ali elabore uma medida totalmente extraordinária”, disse o presidente da Câmara.

Pacheco ressaltou que as ações precisam ser parecidas com o que foi feito durante a pandemia do Covid-19.

“Há necessidade de retirar da prateleira e da mesa a burocracia, as travas e as limitações para que nada falte ao Rio Grande do Sul para a sua reconstrução. Fizemos isso na pandemia com muita altivez no âmbito do Congresso Nacional com proposta de emenda à constituição que apelidamos de PEC da Guerra, com inúmeras medidas legislativas excepcionais”, declarou Pacheco.